Entre a liberdade e o amor
Onde a liberdade alcança o amor floresce
Esse é o tipo de texto que eu gostaria que fosse mais extenso como o capítulo de um livro que ainda pretendo escrever, mas nesse instante em que preciso pulsar meu coração, minha mente e minhas palavras, preferi um texto avulso dos que costumo publicar de vez em quando.
Inspiro, puxo o ar sentindo a respiração, expiro, deixo o corpo livre para sentir e as ideias soltas para trilhar o percurso do coração, da emoção, do impulso, da razão e da consciência que alcanço.
É difícil dizer aquilo que você precisa lapidar para entender e então ter uma dimensão mais precisa do que de fato significa a equação entre a liberdade e o amor.
O tarot me disse que nunca estou só, mas quando estou só procuro alguém… talvez não mais; não se trata só de corpo, trata-se de alma. Já conheço o meu duplo quântico e n’outra esfinge o misticismo me revela que encontrei a minha alma gêmea, eu penso que sim. Os sonhos me revelam que estou vivendo o que preciso viver para evoluir e que ainda há transformações por vir, parece genérico mas é mais do que isso… Busco me conectar a intuição e pressinto que encontrei o meu último amor. Me recordo agora da minha mãe que em um desses textos que escrevi me disse: Tiago, tem coisas que a gente não diz.
Ah mãe! Não sou só escritor, sou poeta. Escrever tornara-se a minha terapia pública, mas com isso busco sempre uma mensagem que possa servir para alguém, um aprendizado, um ponto de vista, uma experiência… Como cantou Cássia Eller “eu sou poeta e não aprendi a amar”, lembrei dessa frase porque me identifico trilhando os meus erros e acertos, mas, quis mesmo dizer que: sendo poeta gosto da definição que consta no meu primeiro livro, na orelha escrita pelo Professor Alexandre “o poeta está nu”. É verdade; além disso os poetas são como os Românticos de Vander Lee. Mas vamos lá, rodear não vai ensinar nada a ninguém e nem mesmo a mim.
Expressar é preciso, viver também. E se tratando de viver, há várias formas de viver e ser feliz; há várias de amar e conviver; há várias formas de ser o seu melhor para o outro e para si mesmo; há várias formas de suportar e ser suportado.
A decisão de amar é uma escolha. O exercício de amar é uma determinante na sua forma de ser, conviver e se expressar.
Entre a liberdade e o amor será que tem uma escolha que deve ser feita em detrimento de outra? Penso que não, mas a experiência está prestes a me revelar. Gosto dos tempos em que eu estudava O Segredo e das ressignificações que meu primo Rafael e eu elaborávamos: quem disse que temos que escolher um ou outro? Podemos escolher os dois! Quero dizer: a liberdade e o amor.
A liberdade de viver e deixar viver, a liberdade de ser e deixar ser. O amor que sentimos, o amor que é sentido, que dá sentido e que se sente por alguém. Amor de pai, amor de mãe, amor de casal, amor de filho, amor de irmão, amor de família, amor de amizade, amor por um ofício, amor por uma causa, amor por um propósito, amor por si mesmo, amor pelo outro, amor por amor… O amor é infinito, com certeza é.
Alguém especial me perguntou o que era o amor… Ora quando eu acho que o conheço bastante, não o conheço suficientemente.
O amor mais indubitável que consigo conceber é meu amor de pai, é meu amor de filho, meu amor familiar… minhas outras formas de amar falharam tanto que eu ainda não sei como elaborar. Amar é uma escolha, amar é um exercício e conviver também é: uma escolha e/ou um exercício porque em muitos casos conviver é inevitável, mas, e quando pode ser considerado? Eis a questão!
Há lobos solitários no mundo, começo a cogitar que sou um deles.
Busquei no Google:
- O termo ‘lobo solitário’ é frequentemente usado para se referir a pessoas que vivem na solidão ou amam a solidão.
- Por que os lobos são solitários? A partir do dia que tem que viver sozinho, o lobo entende então que a sua sobrevivência depende totalmente dele a partir daquele momento e começa a tomar todas as suas decisões sozinho, sem levar em consideração qualquer elemento externo.
- O que significa um lobo no mundo espiritual? O lobo tem sido reverenciado como um símbolo espiritual de força, inteligência e coragem por milênios. Sendo tido como um guia espiritual, o lobo é um símbolo de liderança, sabedoria e conexão com a natureza.
Verdade é que não sou um lobo mas a referência me cai bem na atual experiência de vida que tenho pensado, experimentado e cogitado diante os caminhos que percorri, dentre os que falhei, os que me moldaram, os que venho escolhendo e os que se conectam de alguma forma com a minha maneira de ser e viver.
Nos reinventamos a cada dia, a cada golpe, a cada escolha. As vezes batemos, as vezes apanhamos, é a vida lutando e a gente lutando para sobreviver;
mas sobreviver não é o bastante, precisamos viver e para viver é preciso cessar as lutas que travamos contra a nossa natureza e deixar fluir a expressão da nossa alma diante as inquietações do espírito.
Estou tentando dizer que entre a liberdade e o amor, a liberdade sempre levará ao amor, mas o amor nem sempre levará a liberdade.
É como um jogo da velha cooperativo: há espaços que precisam ser ocupados de outra forma para que ambos ao invés de travar uma disputa em seu tempo, encontrem a solução desejada em comum, o que é possível quando se joga pelo mesmo objetivo.
Como diria Pedro Bial em Filtro Solar “diante tantas resoluções e alternativas escancaradas no destino” concluo:
O lobo pode ser solitário e embora se alegre com a sua alcateia, sem sua caverna seria infeliz.
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